Carf reorganiza sessões e terá julgamentos presenciais em julho

 

03.07.2025

 

Serão realizados tanto julgamentos virtuais quanto presenciais na segunda quinzena.

Com a suspensão da greve dos auditores após decisão judicial, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) reorganizou o calendário de sessões no mês de julho e, agora, algumas turmas farão julgamentos presenciais. A ideia inicial era que os casos fossem analisados em plenário virtual, mas diante da paralisação prolongada e o consequente aumento no estoque de processos, casos de alto valor estão represados.

O presidente do Carf, Carlos Higino, manteve o intervalo das sessões a partir da próxima semana, considerando que mudar muito o calendário seria prejudicial a conselheiros e advogados que já comprometeram a agenda nesse período. A troca no formato foi discutida com presidentes de turma nos últimos dias, segundo apurou o JOTA.

Os julgamentos serão retomados nas últimas semanas do mês e cada turma deve definir a modalidade. Duas turmas (1ª e a 3ª) da Câmara Superior se reunirão presencialmente em pelo menos um dia da semana, mantendo os demais dias no virtual. Já a 2ª Turma da Câmara Superior deve manter os julgamentos completamente no virtual.

O calendário oficial reserva uma semana para as Turmas Ordinárias (de 21 a 25) a e outra para as Câmaras Superiores (28 a 1/8) , mas há possibilidade de troca entre essas datas, sobretudo no caso dos colegiados superiores, que devem inclusive fazer julgamentos na primeira semana. O conselho está nos ajustes finais e as pautas serão publicadas nas próximas semanas no Diário Oficial da União (DOU).

Meta de R$ 500 bilhões
Por enquanto, está mantida a meta do presidente do conselho em julgar R$ 500 bilhões em valor de processos neste ano. O estoque no Carf se aproxima de R$ 1 trilhão novamente, sendo a maior parte desse valor concentrada em um número pequeno de casos. Por isso, na avaliação do presidente, ainda há condições para que a meta seja cumprida.

Os números, porém, ainda podem ser revistos. A expectativa é que, com a retomada do ritmo de julgamentos, o presidente tenha mais clareza para avaliar se mantém o caminho atual previsto ou se será necessário ajustar a meta.

Contexto da greve
A greve foi suspensa no início do mês, após uma decisão do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que acolheu pedido da União. O entendimento levou em consideração a essencialidade dos serviços e proibiu a realização de operações-padrão e outras ações que interfiram nas rotinas internas ou no atendimento ao público. O magistrado estabeleceu, ainda, multa diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento.

Contra a decisão, o Sindifisco interpôs embargos de declaração, que não foram analisados até o momento. Segundo o sindicato, a liminar teria extrapolado os pedidos da União, que estavam restritos à retomada de atividades consideradas essenciais. A categoria rebateu o argumento de que a realização da greve não foi comunicada com antecedência e defendeu que não houve irregularidades no movimento.

Argumentos parecidos foram apresentados pelo sindicato ao Supremo Tribunal Federal (STF) em nova busca de reverter a decisão do STJ e restabelecer o direito de greve dos auditores. A reclamação foi julgada improcedente pelo ministro Cristiano Zanin em decisão publicada na última quarta-feira (25/6).

“Em regra, em reclamação constitucional, não é possível dissentir das conclusões das demais instâncias do Poder Judiciário, a respeito da essencialidade dos serviços prestados pelo movimento paredista”, diz a decisão (Rcl 81.050).

O JOTA apurou que a categoria ainda espera a tramitação de outras propostas de acordo com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI). Ainda não há, porém, data concreta para essa resolução.

Fonte: Jota.

 

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